Todo
mundo tem ou já teve um amor, e com certeza esse amor teve uma história, e toda
história tem um início, eu não sou diferente!
...
Primeiro
dia de aula na faculdade hoje, que demais!, pensei ao acordar
com o som do alarme.
O
dia demorou a passar, e quanto mais o tempo passava mais tenso eu ficava. Meu
chefe já estava até me dando bronca por causa disso.
—
Moço... Moço? — uma mulher disse-me, cutucando o ombro.
—
O-oi...? Posso te ajudar? — disse.
—
Quais são as novidades do mês, sabe me dizer?
—
Cla-claro!... — disse tentando me recompor. — Deixe-me ver... Temos os
nacionais mais cogitados, A Guardiã do Fogo, da autora Lívia Fiedler,
que é sensacional! Ele está na 3ª edição. Também tem o Meu conto não é de
Fadas, da autora Barbara Stefane, que também está na 3ª edição. Ah... Não
posso me esquecer de Pra sempre nem sempre é pra sempre, do grande Artur
Koogan. Ele está lançando em todo o país, e daqui a dois meses ele virá aqui!
—
Hum! Vocês já os têm?
—Temos
sim. Estão ali em cima, na ala de destaque dos nacionais.
— Obrigada!
—
Por nada! — ela saiu pegando todos os livros, menos o do Artur Koogan, o que
achei estranho, mas talvez ela tivesse com dinheiro reservado para uma
determinada quantidade de livros. Contudo, não era isso que importava. Na
verdade, tudo que conseguia pensar era em como ela era linda! Aquele sorriso,
aqueles olhos cor de mel maravilhosos, seus cabelos. Que mulher linda!
...
A
hora chegou, entrei na sala de aula e me sentei para aguardar o professor.
—Boa
noite, pessoal! — o professor disse logo que entrou na sala de aula.
—
Boa noite! — um coro bem desordenado ressoou pela sala.
—
Meu nome é António, mas podem me chamar de Tonhão, se quiserem. E eu sou o
professor de português de vocês!
O
professor começou a fazer a chamada para nos conhecer e, quando foi chegando ao
final, chamou um nome repetidas vezes, e, quando foi marcar falta para ela, a
mulher que eu atendi mais cedo na livraria entrou na sala.
—
Rafaela? — perguntou o professor
—
Presente! — respondeu ela.
Ela
estava deslumbrante, usava uma calça preta justa ao corpo e um moletom cinza um
tanto maior que ela. Em seus pés, um all star branco e cinza, e em seu
lindo rosto com olhos cor de mel estava um par de óculos preto, modelo geek,
igual ao que eu usava na época. Cabelo cacheado, pele clara e mais ou menos um
metro e sessenta de altura.
A aula começou e agora
aquela minha ansiedade de aprender havia sumido, eu não prestava mais atenção
em nada, só em Rafaela. Só nela!
A
aula estava acabando e eu tive a brilhante ideia de ir falar com ela.
—
O-olá! — disse.
—
Oi! Tudo bem?
—
Tudo sim. Quanto tempo, né? — rimos.
—
É.
A
conversa durou mais um pouco, a conversa com Rafa era fácil, não tínhamos
dificuldade, era como se tivéssemos uma ligação.
...
Dois
meses de faculdade, fazia só dois meses que eu conheci a Rafa e já éramos
grandes amigos. Pena que ainda só amigos.
Tive
mais uma brilhante ideia no dia vinte e três de agosto de dois mil e dezenove. Data
memorável, data na qual conquistei algo que jamais largarei. Rafaela! Fui
falar com Rafa depois da aula.
—
Rafa.
—
Oi, Pe.
—
Vamos sair hoje?
—
Vamos... Onde?
—
Cinema que tal?
—
Ok! Tem algum filme em mente?
—
Hum... Tem um filme novo que lançou esses dias aí, parece ser legal, tem várias
pessoas falando nele.
—
Quem é você, Alaska?
—
É, esse mesmo.
—
Vamos, então.
Demoramos quase meia hora
para chegar ao shopping, e, quando chegamos, tentei levar Rafa para
conhecer um de meus ídolos, que estava em uma noite de autógrafos na livraria
em que eu trabalhava.
—
Rafa. Lembra que eu te disse que o Artur ia vir aqui em uma seção de
autógrafos?
—
Ah... É... Hum... É hoje mesmo? — ela perguntou, demonstrando uma indiferença
até então estranha para mim.
—
É! Vamos lá ver? — respondi entusiasmado.
—
Ah, Pe, temos mesmo que ir? Fica do outro lado do shopping e essas filas
de autógrafos são normalmente enormes e corremos o risco de perder o filme.
Não
conseguia entender a Rafa. Afinal, o que poderia estar acontecendo com ela? Nas
conversas que tínhamos, ela sempre disse amar livros e principalmente de
autores nacionais. Por que ela fazia questão de não ir?
—
Poxa, Rafa, ele é simplesmente meu autor favorito. Sonho em ser como ele. Não
posso perder essa chance.
—
Ok, Pe, pode ir lá, vou ficar vendo as lojas. Quando você pegar seu autógrafo,
me manda uma mensagem que nos encontramos na praça de alimentação, ok?
—
Ok.
Chegando
à livraria, dei meu jeito e passei na frente para não atrasar o cinema com
Rafa.
—
Opa, Artur, beleza cara?
—
Beleza, cara. Você quer que eu autografe pra ti?
—
Ah, é mesmo. Toma
—
Qual seu nome?
—
Pedro. Esse da direita você coloca para Rafa, tudo bem?
—
Tudo. Coincidência cara, a mulher que me inspirou a escrever essa história se
chama Rafaela.
—
É mesmo? Qual o nome inteiro dela?
—
Rafaela dos Santos. Por quê?
—
Nada, não. É que essa também se chama Rafaela dos Santos.
Depois que peguei meu
autógrafo, saí da loja e comecei a refletir sobre o que o Artur disse e liguei
para Rafa.
—
Rafa?
—
Oi?
—
Você já conhecia o Artur, não é?
—
Conhecia.
—
Por que você não queria vir se o livro dele foi escrito em sua homenagem?
—
Pera aí, já respondo.
Ela
desligou o celular e cinco minutos depois estava na minha frente. Ela mal abriu
a boca e o Artur veio na nossa direção quando a viu.
—
Rafa! — Artur disse ignorando totalmente minha presença e simplesmente a
beijou.
—
Artur! Han? Não faça mais isso! Não somos mais nada um do outro além de amigos.
—
Ah... Desculpa, foi a emoção. Você veio ao lançamento do livro que eu escrevi
em sua homenagem!
—
Não vim pra isso.
—Então
pra quê?
—
Não interessa!
—Nossa,
Rafa, calma. Mas mesmo assim eu te amo. E acho que nunca mais amarei ninguém.
—
Artur... Siga sua vida. Legal você ter publicado um livro sobre nós e tal, mas
não te amo mais.
—
Desculpa, Rafa, não fiz aquilo com você na maldade, eu não estava pensando com
a cabeça certa Rafa, me perdoa.
—
Que saco, Artur, vai à merda! Não fez na maldade o caramba! Vamos, Pe, não
quero mais ficar aqui.
—
Ok... —disse sem entender nada do que acabara de acontecer.
Saímos
de lá calados, continuamos assim até um pouco antes de chegar à bilheteria.
— Rafa. O que foi aquilo?
—
Nada, Pe, chegamos a ser noivos algum tempo atrás, só que, no dia do meu
aniversário de vinte anos, eu o vi na cama com a minha irmã. Nem gosto de falar
disso.
Naquele
momento não sabia como reagir. Não queria culpar o Artur, afinal, ele deve ter
tido os motivos dele e, poxa, ele era meu ídolo. Mas não podia ficar contra a
Rafa, não agora. Era melhor evitar esse assunto...
—
Tudo bem, vamos parar com esse papo.
O
filme já tinha começado quando chegamos. Sentamos na fileira de cima. Rafa
estava ao meu lado, conversávamos como se não houvesse ninguém ao redor. De
repente, sem querer, tocamos nossas mãos, e trocamos um olhar, um olhar que
pensei que ela nunca me daria, um olhar apaixonado! Cogitei por um momento em
fazer o que queria e pensei: Dane-se se meu maior ídolo a ama. Eu também a
amo! Eu a beijei. Beijei e ela retribuiu. Meu coração batia tão rápido,
meus pensamentos só iam para o mesmo lugar, aquele beijo, aquele beijo que
demorou um bom tempo, aquele beijo imprevisível que me fez ter certeza, ter
certeza de que eu a amava, que eu a amo!
—
Rafa... — disse.
—
Shhh... — falou ela, colocando os dedos em meus lábios, e novamente me
beijando.
Que
sensação maravilhosa!
...
A minha história de amor
começou aí, com um beijo, um beijo apaixonante, um beijo de cujos detalhes me
lembro ainda hoje, aquele beijo que me deu a certeza de que eu amava a Rafaela,
aquele beijo que uniu para sempre nós dois. Aquele beijo! E graças a ele
pude publicar o meu romance, a minha história, o meu livro sobre a Rafaela que
amei. E adivinha quem escreveu o prefácio?
Escreve muito bem! Tem futuro! Parabéns CB!! 👏👏
ResponderExcluirMuito Obrigado PI!!!
ExcluirOi! Tudo bom?
ResponderExcluirDesculpa lindo, mas eu não gostei desse conto, ou, bem, da sua escrita. Não me leve a mal, sério, o que eu quero é só fazer uma crítica construtiva!
Você teve uma boa ideia para esse conto, mas escreve de uma forma muito afobada, não deixa as coisas se desenrolarem naturalmente, entende? Tudo acontece muito rápido, muito facilmente. Os personagens ficaram superficiais, não dá para entender direito as emoções deles e as vezes até o que fazem. Minha dica é: escreva com mais calma. Leve o tempo que precisar para desenvolver a história e os personagens, se quiser levar isso adiante. E, talvez, não deixe os diálogos tão coloquiais, fica um pouco esquisto.
Espero que você leve na boa mesmo, tá? Beijo!
Oi, Tessa? Tudo bem sim, e você?
ExcluirObrigado pelo comentário... E além disso, obrigado pela dica!
Frase: "O Saber consiste em aprender e a sabedoria em aplicar esse saber... Logo, sábio não é aquele que sabe muito, mas quem aplica o que sabe." ~ Renato Araújo
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Obrigado pelo comentário! Espero vê-la mais e mais por aqui. até a próxima!
Raphael seu blog é sensacional pois és um jovem escritor e isso é admirável ;) gostei do conto,já passei por está fase "aquele Beijo" e ainda vivo ela até hoje com o mesmo moço heheh,desejo muito crescimento e sucesso no blog.
ResponderExcluirhttp://cutethingsjurosas.blogspot.com.br/
Muito Obrigado Ju!!! rs
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Obrigado pelo comentário! Espero vê-la mais e mais por aqui. até a próxima!
Meu Deus, que contos maravilhosos! Você leva jeito. Continue assim!
ResponderExcluirMuitooooo Obrigadoooo Flaviaaaa!
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Obrigado pelo comentário! Espero vê-la mais e mais por aqui. até a próxima!
Nossa ! Eu amei ♥♥♥ você escreve muito bem, piá !
ResponderExcluirMuito Obrigadooooooo!
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Obrigado pelo comentário! Espero vê-la mais e mais por aqui. até a próxima!